Dica em São Paulo: um restaurante muito fofinho

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Localizado no Morumbi/Vila Sônia, o Sainte Marie Gatronomie fica em uma rua bem pacata, basicamente todo o movimento é de carros e pessoas que se dirigem ao humilde restaurante comandado por Stephan Kawijian. Estive lá no dia 14 de outubro. Meu irmão viu a indicação em um programa da TV e foi descrito como “Bom, bonito e barato”. Comprovadíssimo. A comida é maravilhosa, os pratos têm uma apresentação exuberante (olá Kibe Montado) e sim, é barato, em comparação com outros restaurante da mesma espécie, mas não vá esperando gastar apenas 20 reais, a não ser que vá para comer só uma esfiha (ou Marias, segundo o cardápio).

El famoso Kibe Montado. Lindão, não?

Bom, o restaurante já possui uma certa grande fama, o que explica a lotação do local. As mesas começam a ser ocupadas por volta das 11hrs, para o almoço. E, se você não reservou e nem chegou antes do meio dia, pode se preparar para uma fila de duas horas. Quando eu fui, não sabia da opção reserva (você tem que ligar antes e, no dia, chegar até 12h30, caso contrário, sua mesa será liberada para pessoas na espera), mas cheguei por volta das 11h40 e entrei na espera, deu tudo certo, sentamos as 12h34. E sobre o ambiente: não espere um ambiente 5 estrelas, o local é simples, não tem ar condicionado, os garçons andam se espremendo no meio da multidão e cabem cerca de 50 pessoas nos salões do restaurante, por isso a fila é longa e demorada.

Mas, por outro lado, a comida bem preparada, o atendimento original e a criatividade dos responsáveis compensa. Tenho certeza que você vai rir assim que abrir o cardápio. Uma particularidade do dono é utilizar termos diferentes para apresentar os pratos, ou inserir frases para explicar algum ponto. Alguns exemplo:

  1. A seção de saladas recebe o nome de “Jardinagem du jour”.
  2. O frango é chamado de kokorikó
  3. Tudo no cardápio aparece com a palavra fofo, fofinho, fofão, afofar, afofamos…as mais variadas palavras do termo. Tanto que o lugar até carrega a placa da “Fofolândia”. Tudo lá é muito fofo.
  4. Eles têm cotchinha. Quem não ama cotchinhas?
  5. Obrigado = Mercizão

* Vou parar aqui, ou vou acabar com a graça, melhor ir e descobrir na mesa. Sério, risadas garantidas. Um dos meus irmãos ainda teve a coragem (ou cara de pau) de pedir um cardápio, para podermos guardar essa preciosidade de apresentação gastronômica.

Stephan Kawijian, o dono. (Foto: Facebook do restaurante)

E preciso comentar o atendimento. Existe algo autêntico nos garçons do Sainte Marie, eles têm a postura normal de um garçom, mas também têm um toque humano, que torna tudo muito simpático. O rapaz que atendeu a nossa mesa pediu para que passássemos um cardápio, pois o dia estava muito quente e ele precisava se abanar. Quem nunca? Ok, dificilmente você verá essa reação em outro restaurante, mas, como eu disse, foi tão humano que você se identifica muito com a situação e simpatiza logo de cara. E também vale um comentário sobre o chefe Stephan: ele está sempre sorrindo, é acolhedor e simpático de um jeito natural.

A experiência foi incrível, já quero voltar lá e a dica é: peçam o Kibe montado, uma das coisa mais deliciosa que já comi na vida. Pedimos também as esfihas de cabra, um prato com polvo e batata, a salada Fatouch e um Kafka “recheado”.  E estou anotando a mousse de chocolate para a próxima vez, dizem que é divina.

Clique para ver os detalhes dessa maravilha. É poético.

E apenas uma observação final: realmente não vá querendo entrar sem espera, sentar em sofázinho confortável, com ar fresquinho na cabeça, silêncio e calma. Esse lugar é isento de frescuras. Mas o caos tem um benefício: cobrar menos pelos prato (isso oferecendo uma das melhores comidas árabes/libanesas que você vai comer), outro restaurante do tipo, se localizado no bem-bão do Jardins, cobraria o dobro, senão o triplo.

SERVIÇO:

Sainte Marie Gastronomie
Rua Dom João Batista Costa, 70/3
Telefone: (11)3501 7552

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  • Lorrany Moura

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    Que legal!!! Quando as coisas melhorarem um cadinho vou querer visitar!

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