FESTA JUNINA: Fazendo a sua festa junina

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O mês de junho é provavelmente um dos mais legais do ano (na minha opinião), o motivo? As festas juninas! Quem não adora tomar um vinho quente naquele dia mais friozinho ou comer um doce típico? É tanta coisa boa junta que fica difícil listar. Porém, nem só para delícias gastronômicas servem as festas juninas, elas são ótimas como tema de festa de aniversário também! Além de permitir que tudo seja feito de um jeitinho mais artesanal, esse tipo de festa também pode sair mais barato, uma vez que boa parte dos materiais necessários podem estar dentro de casa.

Em 2016, eu tive a chance de preparar uma festa assim e, além de muito divertido, deu muito orgulho ver tudo pronto no dia do jeitinho que eu havia planejado. Nesse post, eu mostro um pouquinho das ideias que tive e como as coloquei em prática (como são muitas coisas, dividirei esse texto em parte I e II). Espero que ajude 🙂

Panorama geral:

Para a mesa, materiais reciclados/Foto: Sttela Vasco

Festa Junina lembra algo rústico, o que permite utilizar materiais fáceis de serem encontrados  – e até mesmo reciclar, como eu mostro mais pra frente. A mesa foi feita com madeira reciclada e os caixotes, que no caso serviram para dar suporte à decoração, foram “resgatados” de feiras livres. Para a mesa do parabéns, colocamos um varal improvisado no qual a cortina era feita de chita (que, aliás, é um dos materiais que mais utilizamos para decorar tudo).

Decoração de mesa:

Para cobrir as mesas, utilizamos juta. Para quem não conhece, ele é aquele tecido onde se coloca grandes quantidades de feijão, farinha ou açúcar, por exemplo, depois que eles saem dos lugares aonde foram produzido. Também é bem comum vermos sua versão menor ser usada como saco de presente (versátil, não?).

Como eu contei ali em cima, usamos bastante chita: na “cortina”, como toalha e também na decoração de pequenos objetos. Ela, inclusive, foi muito útil para dar outra cara para os reciclados. Exemplo? Cortamos garrafas PET no meio e embrulhamos com o tecido e utilizamos como porta talheres, garrafinhas de vidro vazias se transformaram em porta-velas e latinhas de alumínio e garrafas de vinho serviram como suporte para florzinhas.

Ambiente e decorações da comida:

A decoração também se estende para a comida/Foto: Sttela Vasco

Para colocar doces como paçoca, doce de abóbora, pé de moleque e bananinha na mesa, usamos os bons e velhos chapéus de palha. Forrando com guardanapos quadriculados, – que também serviram para forrar as cestas de vimes usadas para doces maiores – eles serviram para deixar tudo juntinho e organizado. Os que sobraram, colocamos na cortina e na mesa. Para os bolos, tortas e outros doces, fizemos varais de bandeirinhas com hashis.

O processo é super fácil: você “desgruda” o hashi, amarra um barbante entre eles – é legal reforçar com cola quente para não correr o risco de cair – e, então, prende as bandeirinhas que, no caso, fizemos com cartolina. A chita também serviu para almofadas improvisadas (apenas recortamos dois quadrados do tecido e envolvemos em almofadas neutras que já possuíamos).

Os destaques da festa:

Restos dos tecidos para a roupa do espantalho/Foto: Sttela Vasco

Se tiveram duas coisas que foram destaque na festa, foi o espantalho e o bolo de pipoca. O primeiro foi feito beeem artesanalmente: primeiro, fizemos um molde com tecido e recortamos no formato de um boneco com aproximadamente um metro de altura, depois, com o molde pronto, recortamos o tecido e costuramos (não precisa ser perfeito não, viu? Lembre-se de que é um espantalho). Para ficar “fofo” utilizamos palha (que serviu também para fazer o cabelo e decorar as mangas) e a roupinha foi feita com a juta e a chita (olha ela aí de novo) restantes. Para o rosto, canetinha e alguns botões esquecidos no fundo da gaveta caíram muito bem. Ainda decoramos com algumas florzinhas. Essa parte vai do seu gosto e criatividade.

Olha aí o bolo de pipoca!/Foto: Sttela Vasco

O bolo de pipoca, por sua vez, foi o único elemento não sustentável da festa – mesmo com as nossas tentativas de inserir materiais recicláveis. Para a montagem, três blocos de isopor de tamanhos diferentes e muita pipoca, que colamos com cola quente (prepare-se porque ela vai ser muito usada ao longo da construção da decoração).

Para decorar, resgatamos as bandeirinhas não utilizadas nos varais de hashi e alguns mini chapéus de palha. Já o topo do bolo teve duas cascas de ovo (sem o ovo dentro! Você quebra beeeem de levinho para tirá-lo antes de usar), um varal de hashi e uma fogueira feita com o que sobrou dos materiais.

Balanço final:

Eu posso dizer que 90% da festa foi feita à mão e com materiais acessíveis. Receitas caseiras, ideias vindas no meio da noite e muitos erros e acertos. Não se preocupe em deixar tudo o mais parecido possível com tutoriais ou “perfeito”. A graça desse tema é justamente não acertar. Faça as coisas com o seu jeitinho e dê liberdade a sua criatividade. Uma dica: tenha paciência! Montar uma festa em casa requer paciência e muita dedicação. Às vezes parece que nada vai dar certo e que a sua casa foi invadida por Oompa-Loompas zumbis que reviraram tudo e deixaram palha, pedaços de tecida e fios de cola quente espalhados pelo caminho. Mas no final tudo dá certo, fica muito bonito e dá o maior orgulho de ver!

Nos próximos posts, colocaremos algumas das receitas utilizadas na festa como amendoim doce, cocada com coco fresco, bolo de fubá e doce de abóbora. Dúvidas ou perguntas, é só deixar nos comentários! 🙂

 

 

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