Divertida mente: a Pixar de volta às origens

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Divertida Mente | Serendipitys

Divertida Mente | Serendipitys
Por Júlia Ramos

Há cinco anos, Toy Story 3 encerrou um ciclo e fez com que os espectadores sentissem todos os tipos de emoção. Medo, tristeza, felicidade e até raiva, o filme foi uma montanha russa, principalmente para aqueles que cresceram junto com o Andy. De lá para cá, os amantes da Pixar não tiveram nenhuma outra produção do estúdio que fosse tão arrebatadora quanto a amada sequência.

Agora, em junho de 2015, esses sentimentos/emoções estão de volta em Divertida mente, só que desta vez como personagens. Parece viajado e complicado demais fazer um filme que mostre como as emoções vivem dentro da cabeça de uma garotinha, do seu nascimento até os 11 anos. Mas o filme consegue ser simples e autoexplicativo sem se tornar cansativamente didático. Além de conter ideias que por si só são geniais.

A ambientação da maior parte da narrativa é dentro da mente de Riley, uma garota feliz, engraçada, ligada à família e talentosa. No centro de comando das emoções ficam Nojinho, Medo, Raiva, Tristeza e a personagem principal a Alegria.

Cada um tem a sua função, mas quem realmente faz as coisas darem certo no final é a Alegria. Ela tem sempre uma carta na manga para consertar as coisas e fazer com que momentos ruins sejam vistos do melhor jeito possível. Tristeza já é o contrário em tudo, sempre para baixo acaba fazendo burradas e se sentindo inútil no final. E é durante os momentos de dificuldade que a interação das duas mostra a importância do equilíbrio.

Mais do que entretenimento, Divertida mente, como todas as outras animações do estúdio, tem um também um tom mais profundo. Sem nunca subestimar a inteligência das crianças, utiliza metáforas para abordar temas como: família, amadurecimento, dificuldade de fazer amigos, mudança e como crescer sem nunca deixar aquela parte da criança que cada um tem ir embora de vez.

Com ares de Toy Story, é também lição para os adultos. Uma diversão para qualquer um com emoções que já tenha passado por momentos em que elas tenham entrado em conflito.

 

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  • Carlos Thompson

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    Nada tão sério quantos os sentimentos infantis. Muito bom!

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