E, então, eu descobri “Call The Midwife”

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Call The Midwife | Serendipitys

Sabe aquelas noites em que você quer ver um filme, mas não tem bem certeza do que quer assistir, então, simplesmente vai vendo o que a vida te oferece? Bem, no meu caso, substitua ”vida” por ”Netflix” que teremos o retrato real da minha situação no momento em que descobri a minha mais nova série querida do momento, Call The Midwife. Depois de passar diversas vezes pelo seu pôster – e ter o Netflix me oferecendo ela a cada login que eu fazia – resolvi dar uma chance e ler a sinopse. Parecia interessante, dei chance para o primeiro episódio. E não parei mais.

Produzida pela BBC, rede britânica famosa por seriados como Sherlock e Doctor Who, Call The Midwife (algo como Chame a Parteira, em português) é baseada no livro de memórias homônimo da enfermeira e parteira Jennifer Worth, falecida em 2011, e conta a história de jovens enfermeiras em uma East End, em Londres, do final dos anos 1950 e começo dos 1960 cuja missão é trazer bebês ao mundo. A narrativa se centraliza na recém-formada Jenny Lee e em sua convivência com suas colegas e as freiras do Nonnatus House (ou Casa do Nascituro), um convento-enfermaria que precisa lidar com os problemas médicos vividos pela pouco abastada comunidade do distrito Poplar. Com quase 100 nascimentos por mês, o local enfrenta as mais diferentes confusões e dificuldades para se manter. Em meio a isso, acompanhamos a história de Jenny e das outras enfermeiras, entre dramas pessoais, romances e obstáculos.

call-the-midwife_george_hannah_raine-_hartEu comecei sem grandes expectativas e me surpreendi positivamente. Call The Midwife balanceia momentos de leveza com outros mais tensos, sem exagerar a mão no drama e se tornar algo forçado ou caricato. Ela não esconde as dificuldades que as parteiras – e a comunidade em si – enfrentavam. Além da falta de recursos da época, havia também a dificuldade para obter auxílio em meio a uma região tão pobre. Como se trata de um programa baseado em memórias, tem aquele tom nostálgico no ar, com uma narração muito bem pontuada feita por Vanessa Redgrave, que interpreta Jenny mais velha. Há também momentos de humor e espaço para o romance, mas com o cuidado de não se perder o foco da série, que é a rotina das parteiras. Destaque para as cenas de parto em si, que são muito boas.

Estou finalizando a primeira temporada e, apesar de já saber de algumas mudanças eventuais, principalmente no elenco, tenho boas expectativas. Essa é aquela série certa para quando você só quer relaxar e abstrair do mundo, mas ainda assim quer ver algo com qualidade. A fotografia é delicada e nos remete a uma foto antiga e os cenários são muito bem construídos. Apesar de manter um núcleo fixo, as histórias variam conforme o episódio – o que faz com que uns por vezes sejam mais interessantes do que os outros – e alguns personagens se tornam recorrentes.

Call The Midwife, até o momento, conta com cinco temporadas, mas já foi renovada para uma sexta, que deve estrear com um especial de Natal e retornar para nove novos episódios em 24 janeiro de 2017.  Cada temporada conta com uma média de seis a nove episódios, com duração média de 45 minutos. Caso você tenha Netflix, todas as cinco já estão disponíveis na íntegra no serviço. Nem sempre as indicações dele acertam, mas quando acertam, são daquelas que você se apaixona. Call The Midwife é um desses casos. Eu dei uma chance e amei, dê uma chance você também!

 

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