Um Encontro Marcado

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Um Encontro Marcado | Serendipitys

Filmes que contém a morte como personagem principal, em geral, passam a imagem de serem um tanto mórbidos. Essa, porém, não é a imagem que Encontro Marcado (Meet Joe Black, no original) tenta passar. Com delicadeza, o filme traz uma mensagem fundamental como pano de fundo: é preciso aproveitar a vida em todos os seus momentos, inclusive na morte. Parece um pouco estranho, a princípio, mas logo que a história começa a se desenvolver é possível compreender tal mensagem que é muito bem desenvolvida através das mais diversas relações (pai e filha; a morte em si e as pessoas com as quais ela precisa se relacionar) e de uma história de amor bastante improvável. Com atuações do consagrado Anthony Hopkins e de um jovem Brad Pitt, Encontro Marcado é um daqueles filmes que merecem ser vistos.

Na cidade de Nova York, uma jovem médica, Susan Parrish (Claire Forlani) conhece, durante um café, um simpático habitante recém-chegado (Brad Pitt). Apesar de se sentirem atraídos, nada acontece, e o jovem morre em um acidente. Nesse mesmo momento, a Morte – que vinha assombrando o pai de Susan, William (Anthony Hopkins) – resolve usar o corpo do rapaz para cumprir sua missão e, com a ajuda de William, conhecer um pouco mais sobre os hábitos humanos. Assumindo o nome de Joe Black, o que a Morte não esperava, no entanto, é que iria se aprofundar tanto nas relações humanas a ponto de realizar o impossível: se apaixonar.

As mensagens trazidas por Encontro Marcado são várias: aproveitar a vida, entregar-se, apaixonar-se. Mas, acima de tudo, ele nos traz uma perspectiva mais ampla sobre o que nós somos e qual o nosso papel. Se até mesmo a Morte pode se apaixonar, por que então nós deixamos de nos permitir uma série de coisas? Ele também traz reflexões sobre o ser humano e a vida como um todo, equilibrando profundidade com doses de humor e romance.

Apesar de ter uma temática mais “sombria”, o filme é leve e tem uma delicadeza singular. A trilha é boa, o enredo envolve, as atuações convencem e a fotografia do filme – em especial na principal cena entre Susan e Joe – é linda. Produzido em 1998, o longa pode dar um susto inicial por ter três horas de duração, mas, acredite, cada hora é fundamental para a composição do enredo e o bom desenvolvimento da narrativa. Enfim, uma ótima pedida para todos os momentos.

PS: Esse é o trailer original. Infelizmente, não o encontrei legendado.

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