Por todas as formas do amor e por todos os jeitos de amar

0 Comment
Por todas as formas do amor e por todos os jeitos de amar | Serendipitys

Imagine-se como um homem de mais ou menos 30 anos, com uma vida pacata e apegada à rotina. Esse é Oliver Fields (Ewan McGregor), um artista gráfico que perdeu a mãe há cinco anos e vive acomodado em seu dia a dia sistemático e monótono, e é surpreendido por duas grandes revelações de seu pai (um senhor de 70 anos): ele é homossexual e tem câncer. À primeira vista, pode parecer uma história típica de comédias dramáticas que fazem o estilo “sessão da tarde”, mas é, na verdade, o genial roteiro de Toda a Forma de Amor  (Beginners no original), filme dirigido por Mike Mills que traz ainda Mélanie Laurent e Chstiopher Plummer no elenco.

No início, Oliver se sente confuso e um tanto traído pelas confissões do pai. Ele não compreende muito bem como sua mãe lidou com a sexualidade de Hal (Christopher Plummer) emanteve um longo e amigável casamento, além de não aceitar o fato de não saber de tudo antes. Porém, a forma como ele começa a aceitar e compreender seu pai é o que torna a história tão envolvente. Oliver percebe que Hal quer aproveitar sua vida da forma que sempre desejou e passa a tentar contribuir para que ele seja feliz. Em meio a isso, ele conhece Anna (Mélanie Laurent), uma jovem atriz francesa que os faz repensar a forma como ele lida com o amor e com os sentimentos em geral. O problema é que Oliver não é muito bom com relacionamentos e, ao mesmo tempo em que não sabe como resolver isso, tem medo de perder Anna. E é tentado resolver a sua própria vida amorosa que ele começa a conhecer um pouco mais sobre a da sua família, principalmente a do pai.

O melhor de Toda a Forma de Amor é que ele explora de fato as diferentes formas que o amor pode assumir e também as outras tantas que as pessoas encontram para expressá-lo. Muito além de gêneros ou sexos, o filme trata de relações humanas e como é impossível rotular um sentimento tão amplo e complexo. Amar, como o longa nos mostra, se trata simplesmente de amar. Seja uma bela atriz francesa, uma pessoa do mesmo sexo, seu pai ou um cachorro, o importante é o que se sente. Ele também nos mostra que não há idade ou tempo certo para recomeçar ou viver a vida da maneira que sempre quisemos.

Denso, o longa pode ser um pouco cansativo para aqueles que preferem roteiros mais ágeis. Por muitas vezes se aprofundar no psicológico de seus personagens – uma maneira que o diretor encontrou para mostrar um pouco ao espectador como eles se sentem e por que tomam certas atitudes – algumas passagens podem precisar de mais atenção do que outras, mas nada que atrapalhe o seu entendimento ou o torne menos cativante. Vale destacar a ótima atuação de Plummer, que lhe rendeu o Oscar de melhor ator coadjuvante em 2012.

Fica aí a nossa dica para esse fim de semana!

0 Comments

Leave a Comment