“A Teoria do Tudo” pode ser a Teoria do Amor

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A Teoria de Tudo | Serendipitys

A Teoria de Tudo | Serendipitys
Por Gisele Ramalho

Como forma de encerrar o especial da semana passada, sobre o “Dia dos Namorados”, venho lhes propor uma nova visão, e esta visão é referente ao filme “A Teoria de Tudo”. Com certeza você já ouviu falar que -pelo menos- existe este filme, e que ele conta a história do famoso astrofísico Stephen Hawking.   Produzido por James Marsh, o filme foi inspirado no livro “Viagem ao Infinito” de Jane Hawking (primeira esposa de Stephen), e mostra não só o drama real de sua vida, mas uma das muitas facetas do amor.

O cenário: Inglaterra, década de 1960. Aos 21 anos, Stephen se descobre com esclerose lateral amiotrófica (ELA); já conhecia Jane, mas por momentos desiste de tudo e de todos. Deram-lhe apenas alguns anos, e dependia da “sorte” para continuar vivo. Mal sabia que essa sorte tinha nome, sobrenome, cara e coração. E então, começa a emoção! Jane se lança para a entrega genuína em favor de Stephen e, casados, a vida continua. Você pode estar questionando essa doação, mas a explicação está justamente na “faceta de amor” citada no primeiro parágrafo.

 A faceta do amor real, do amor que transparece compromisso e respeito. O filme trás essa reflexão, e mostra justamente do que o amor é capaz: transformar, superar, suportar, perdoar, cativar e -principalmente- manter vivo. Bem sabemos dos poderes da felicidade em relação à recuperação de doentes; sentimento motiva!  Jane luta com o marido, e para o marido. O amor mostrado é aquele jurado “na saúde e na doença”, é o responsável por milagres… Poderia ficar aqui, lhe dizendo inúmeras formas de amor presentes no filme, mas o que realmente seria o amor? O que sabemos sobre o amor?

Encontrar-se com uma doença degenerativa e com poucos anos de vida previstos, foi apenas um dos pontos elencados como fortemente significantes na trajetória de Stephen, o outro foi Jane. Casar-se ou amar de verdade envolve todo o tipo de emoção; sempre haverá algum momento de queda ou depressão.  Entender que amor e sacrifício muitas vezes andam juntos é crucial, mas é justamente essa consciência que têm faltado nos relacionamentos. A superficialidade, cada vez mais, ganha espaço; permitir-se amar a si e ao próximo tornou-se contrato, e a facilidade de rasgá-lo assombra.

E dentre todo esse sentimento que é o amor, estão as reflexões da condição humana. As pesquisas apresentam as grandes estatísticas dos níveis de divórcio, depressão, e afins; acreditar em si tornou-se clichê na visão de muitos e doenças sérias da psique são ridicularizadas.  O que falta? Amor, esperança, fé, felicidade…Vida!

 Enquanto não acreditarmos em nós mesmos, enquanto não amarmos nós mesmos, não vamos conseguir consolidar o amor puro e real. Estaremos tão vazios, que não haverá como nos doarmos à pessoa que escolhermos amar. E o tempo nos atropela, fazendo com que sentimentalismos sejam banalizados e esquecidos, enquanto deveriam ser trabalhados para manter viva nossa humanidade.

 Por fim, ficam as reflexões para trabalharem e sentirem. A maior e mais bela história de amor que foi eternizada no filme, era apenas um fundamento básico para que se permitam conhecer. E a mensagem final também está lá: “Enquanto há vida, há esperança”.

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