Caminhando por Roma, em busca da famosa Fontana di Trevi, fui surpreendida por algo quase mágico: uma roda-gigante de madeira de ao menos 60 centímetros girando em cima do balcão de uma loja. Na porta, uma moto de madeira tão grande quanto. Tantos trabalhos delicados em uma porta que destoava tanto da rua de pedras permeada por restaurantes fez com que eu parasse a minha busca turística e resolvesse fazer o que eu dificilmente faço em uma viagem, entrar em loja.

Mas a Bartolucci vale a pena. Com boa parte de seu arsenal voltado ao Pinóquio, o ambiente é repleto de bonequinhos, ímãs de geladeira, chaveiros, relógios e itens decorativos. Há também peças com desenhos de animais feitos com o estilo dos artistas da loja. Ao fundo do balcão principal é possível ver as ferramentas utilizadas pelos artesãos para a produção das peças – todas são feitas de forma manual, uma a uma.

Com origem em 1936, a fábrica começou em Belvedere, um local cercado por montanhas. A ideia de se especializar nos mini Pinóquio começou, porém, em 1981 com Francesco Bartolucci. De lá pra cá, a família foi adaptando artesanato à tecnologia e hoje tem duas lojas: a de Roma e outra localizada em Florença. Eles fazem questão de pontuar que a madeira utilizada é certificada e que seguem as leis de respeito ao meio ambiente. Também faz parte da agenda da Bartolucci ações sociais.

Eles fazem projetos nacionais – com apoio a artesões locais e festas em hospitais e doações – e internacionais, com projetos de apoio à educação na África e na Ásia.Os preços não são muito baratos (um ímã, por exemplo, custa em torno de 5 euros), mas dá para entender. O trabalho é manual e muito delicado. Além das lojas físicas, para quem se interessar, é possível conferir o catálogo no site da loja e comprar online.

Os bonequinhos também representam sentimentos e fases da vida

Os personagens aparecem em traços diferentes e animais ao estilo dos artesões fazem parte dos itens vendidos