Procure pelas ruas e Pegue a Foto

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Em uma época de celulares, máquinas digitais e computadores, todos têm o utensílio necessário para registrar os momentos. Depois de tirar fotos, as mesmas são guardadas em pastas no próprio celular ou nos computadores. As pastas são os novos álbuns, com a diferença de que ocupam muito menos espaço. Mas será que cumprem a mesma função?

Pensando no valor de uma foto recordação, aquelas físicas e impressas, a fotógrafa Tatiana Giustino e a arquiteta Adriana Iura decidiram lançar a intervenção urbana Pegue a Foto. A ideia é ampliar fotos tiradas com câmera digital, telefone celular, filme analógico e Polaroid, imprimi-las e distribuí-las em postes, árvores, placas, incentivando as pessoas a pegarem as fotos e guardá-las como recordação.

Segundo a idealizadora Tatiana, um dos objetivos é “resgatar o hábito de ampliar/imprimir as fotografias, já que hoje todos nós temos nossos registros todos guardados em HD, celulares e etc. Quantas e quantas pessoas não irão perder seus registros de vida por um defeito técnico, por um vírus, furto e etc.”.

O projeto começou em setembro de 2013, e até agora já foram distribuídas cerca de 500 fotografias pelas vias da cidade.  “As fotos em si teremos sempre imagens ‘antigas’, da primeira edição, e sempre vamos agregar imagens novas. Os locais que colocamos não tem um roteiro, pensamos em alguns lugares, às vezes dá certo outras vezes mudamos o rumo”, explica Tatiana, que já distribuiu fotos na Vila Madalena, Planalto Paulista, Pinheiros, Vila Olímpia, Augusta e Centro. E completa: “pode ser em qualquer lugar”.

Nisso se encaixa outro objetivo do Pegue a Foto. Atualmente, é difícil alguém andar pela cidade e realmente observá-la, só existem reclamações e as coisas boas se tornam invisíveis. “Se olharmos com mais cuidado e menos superficialmente vamos descobrir coisas, lugares, imagens lindos pela cidade. Olhar a cidade de uma forma menos superficial e quem sabe olhar ao nosso redor e até a nós mesmos com mais atenção”, encoraja Tatiana, que busca fazer diferença na vida das pessoas que encontrarem as fotos. “Que seja apenas uma imagem bonita de se ver, que traga uma curiosidade, que alguém conheça um lugar diferente ou que tire um sorriso”, finaliza.

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