O que dizer sobre o novo álbum da Lorde?

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Estou viciada no novo álbum da Lorde, Melodrama. Com isso começo esse texto, ao mesmo tempo que escrevo, também escuto as músicas em replay. Está fantástico e vamos aos porquês.

Angela Weiss/AFP/Getty Images

Para quem nunca ouviu falar na Lorde – duvido muito – ela é uma cantora neozelandesa de 20 anos, que estourou nas paradas musicais aos 17 anos, com o lançamento de “Royals” (e confesso, nem de longe é a minha favorita, mesmo do primeiro álbum. Olá para “Team” e “400 Lux”). Com um estilo meio gótico, meio pop e agora meio eletrônico, Melodrama brinca com arranjos diferentes, mudanças de tonalidades e estilo de voz, além de ter letras dramáticas e realistas, esse novo álbum é bem diferente de “Pure Heroine” e tão extraordinário quanto. Mostra o amadurecimento da cantora, tanto pessoal como profissional.

Melodrama tem Jack Antonoff como um dos principais produtores, ele que também é responsável por músicas que alcançaram o topo das paradas, como “We are Young”, da fun. e “Out of Woods”, da Taylor Swift, inclusive ganhou Grammy de Melhor Álbum do Ano para “1989”, da Taylor.

Vou destacar apenas algumas músicas, as que mais chamaram a minha atenção, o resto também é excelente, mas não sei o que falar sobre cada uma, apenas sentir… ¯\_(ツ)_/¯

Green Light foi o primeiro single de Melodrama, lançado em março – lembro que quando fui para Trancoso, já tinha no meu ipod – e fala sobre a tentativa de superar o término de um relacionamento. Tem tudo para ser uma música triste, mas ela é bem positiva, é sobre estar aberta a novas coisas: “Brand new sounds in my mind” (Novos sons em minha mente) ao mesmo tempo que memórias do passado ainda estão presentes “Oh, I wish I could get my things and just let go” (Oh, Eu queria pegar as minhas coisas e deixar para trás). E quem disse que memórias do(s) ex(s) são ruins? Minha opinião: não podemos apagar o que vivemos, foi a nossa vida, então tenha orgulho e aprenda com o que deu errado.

E uma observação particular: é PERFEITA para correr ou andar na rua, eu quase dou uma de Lorde no vídeo clipe. Na esteira eu corro sem nem perceber o tempo passar, e olha que odeio esteira/correr. Mas rola uma energia sobrenatural e eu simplesmente aproveito muito o momento.

Writer in the Dark talvez seja a música mais dramática do álbum, sobre como as pessoas fazem tudo para serem amadas e, mesmo assim, acabam sendo largadas. Fala também sobre como é difícil superar. Porém a música é boa, e fez crescer minha vontade em aprender a tocar piano. Aliás, muitas músicas desse álbum têm piano como ritmo de fundo e adorei isso.

Supercut tem ritmo animado, outra que deve ser boa para correr (a testar). Me soa como uma música de memória, como vários momentos foram bons e poderiam virar um videoclipe. Nostálgico.

The Louvre é mais rock e tem esse refrão: “Broadcast the boom boom boom boom and make ‘em all dance to it”. Você vai sair cantando, certeza!

Perfect Places é o segundo single de Melodrama, uma batida que eu associo muito com “400 Lux”, do álbum anterior. Aqui entra a parte de se divertir, beber, sair com amigos e encontrar um lugar onde tudo esteja ok, mas será que eles existem? Acho que depende de como estamos, uma geração ansiosa por coisas acontecendo em todos os momentos. Acho difícil achar um momento e um lugar nos quais tudo fica perfeito, mas não cansamos de procurar.

Hard Feelings/Loveless comcecei a ouvir e achei ok, mas ai veio a quebra da parte Hard Feelings para Loveless, entra uma batida, vira algo meio louco, muda tudo. Penso na Lorde escrevendo essa música, uma pessoa que se dedicou a alguém e não foi o suficiente, os sentimentos quentes foram embora e agora está frio, como o amor acabou e nem tentaram consertar o que estava errado. Loveless, nós somos a geração que ama menos e descontamos isso nas pessoas com quem nos relacionamos? Tenso.

Apenas escutem.

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