Vivendo em Bologna II – como eu vim parar aqui

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Recentemente, eu contei um pouco sobre como é morar em Bologna. Essa cidadezinha fofa e cheia de identidade localizada na Emília-Romagna conquistou o meu coração. Porém, como eu mencionei no outro post, viver ou estudar na Itália não era algo que passava pela minha cabeça até de fato acontecer. Mas aconteceu e Bologna acabou se revelando o melhor destino possível para mim.

Em geral, quando pensamos em estudar fora acabamos focando nos lugares mais comuns como Estados Unidos, Austrália, Irlanda ou Inglaterra. Não que a Itália seja lá muito diferentona, porém, dificilmente aparece entre as primeiras opções (definitivamente não aparecia nas minhas). Eu sempre quis estudar fora. Mais especificamente, eu tinha vontade de fazer um mestrado em outro país e já vinha tentando isso há um tempo, no entanto, não havia tido sucesso e já não tinha tanta certeza sobre o que eu queria estudar.

Foi quando eu comecei a trabalhar em uma agência de intercâmbio especializada em ensino superior que eu comecei a me encontrar. Foi procurando cursos para outras pessoas que, sem querer, eu descobri que havia a opção de fazer um mestrado em Women and Gender Studies (que é, mais ou menos, Estudos de gênero e estudos sobre a mulher, traduzindo ao pé da letra). Nessa mesma época, eu havia começado a cursar italiano – sem grandes pretensões, só por querer aprender um novo idioma e me identificar com esse. Aí que as coisas começaram a se construir.

Interessada por esse tipo de mestrado, comecei a procurar opções na Itália, mas não tive muita sorte (estudos de gênero ainda não é um curso muito bem aceito por aqui, mas sobre esse tópico em específico eu faço um post outra hora). Depois de pesquisar muito – mas muito MESMO – eu encontrei o GEMMA, que é o meu mestrado.

O GEMMA faz parte do Erasmus e é o primeiro programa do tipo dentro dessa área de estudos na Europa.  Financiado pela União Europeia, ele reúne sete universidades europeias localizadas em diferentes países. E onde a Itália entra nisso? Uma dessas universidades era justamente a Universidade de Bologna. Foi aí que eu consegui juntar as duas coisas que eu procurava. Depois de todo o processo seletivo, fui aceita pela Unibo e vim para cá no final de setembro de 2018.

É curioso porque essa nunca tinha sido a minha opção, eu jamais tinha me imaginado estudando aqui e, no fim, foi a minha melhor decisão. Mais para frente, pretendo fazer um post falando especificamente sobre o GEMMA – ele é um programa muito legal, que conta com bolsa de estudos e que vale a pena ser divulgado – e sobre a Universidade de Bologna em si. Como vocês podem ver, apesar de “pequena” Bologna tem muita história para contar.

Até a próxima!

*Photo by Thaddaeus Lim on Unsplash

 

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