Beladona: Uma HQ brasileira aterrorizante

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Beladona | Serendipitys

Por Júlia Ramos

Como amante de quadrinhos que sou, me sinto na obrigação apoiar as produções nacionais. Valorizar esses artistas é muito mais do que dar dinheiro a certo setor da sociedade. Significa estimular o surgimento de mais gente assim, cheia de ideia, mas que não enxerga o país como um local com público propício para abraçar sua arte. Com isso, apresento uma Graphic Novel brasileira que não fica nem um pouco atrás das mais famosas publicações estrangeiras: Beladona.

Beladona | Serendipitys

Imagem: Reprodução de Beladona, de Ana Recalde e Denis Mello

A história é focada na vida de Samantha, uma garota que é atormentada desde seus sete anos por pesadelos realísticos e assustadores. Com o desenrolar da trama, percebe-se que dentro desses terríveis sonhos há criaturas que desejam o seu mal e que podem afetá-la também na vida real.

Escrita por Ana Recalde, Beladona é tensa, profunda e convida o leitor a mergulhar nesse reino obscuro, com uma linguagem que junto às ilustrações dá o tom exato de terror que se torna viciante em uma história em quadrinhos.

A arte de Denis Mello é impecável, com desenhos sombrios e estilo que parece ter buscado inspiração em graphic novels que já são parte do imaginário de todo fã de quadrinhos – como Batman A Piada Mortal, V de Vingança, Sandman e Watchmen –, além de também ter sido influenciado por filmes de terror mais emblemáticos, como O Iluminado, O bebê de Rosemary etc.

Beladona | Serendipitys

Imagem: Reprodução de Beladona, de Ana Recalde e Denis Mello

Com 657 doações arrecadadas pelo site de crowdfunding Catarse e com a parceria da Editora Avec, o lançamento do livro ocorreu no final do ano passado na Comic Con Experience. Ele pode ser encontrado nas seguintes lojas: Livraria Cultura, Livraria da Travessa, Americanas.com e pelo Submarino. E tem uma versão digital disponível para leitura no site.

Confira aqui também o vídeo de apresentação do Quadrinho no Catarse.

1 Comments
  • Carlos Thompson

    Responder

    Os quadrinistas brasileiros continuam brilhando. Muito bom o texto, Júlia!

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