Filmes de pai para filho

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Filmes de pai para filho | Serendipitys

O que você faria se o seu filho de 15 anos dissesse, após uma série de reprovações, que gostaria de parar de estudar? E se, ao mesmo tempo, você fosse um crítico de cinema desempregado e estivesse vivendo uma fase ruim? Isso aconteceu com David Gilmour, crítico de cinema que já trabalhou em lugares como a CBC (Canadian Broadcasting Corporation), e autor do excelente O Clube do Filme (2007). Com sinceridade, bom humor e emoção, Gilmour nos traz um comovente relato de como estabeleceu uma nova relação com seu filho, com sua vida e sua grande alegria: o cinema.

Quando o filho de 15 anos de David Gilmour, Jesse, anuncia que a única coisa que o faria feliz seria abandonar os estudos, o pai se vê em meio a uma difícil escolha: desempregado,  Gilmour não quer ver a relação com o filho adolescente desmoronar também. Arriscando tudo e contrariando a todos, ele toma uma inesperada decisão: permite que Jesse abandone os estudos, mas com a condição de que ele assistisse a três filmes semanalmente junto com o pai. Do fracasso de um e do tempo livre do outro, surge então o Clube do Filme e uma nova relação pai e filho é traçada a partir de então.

Cinéfila assumida, confesso que, primeiramente, o livro me chamou a atenção por se tratar de filmes. Eu mal sabia que estava prestes a conhecer uma história real que deixaria lições para a minha própria. Esse é o tipo de livro que emociona e faz com que você se identifique. Fiquei extremamente tocada pela maneira como os filmes delinearam a relação entre esse pai e seu filho e, mais ainda, como David conseguiu, através dos longas, ensinar lições a Jesse que nenhuma escola ensinaria.

O Clube do Filme é o tipo de livro que eu agradeço ao autor por ter compartilhado conosco sua história. Aprendi lições valiosas com ele sobre a vida, sobre o amor e, claro, sobre filmes. Uma obra tão preciosa, que faço minhas as palavras do The New York Times “É um relato sincero sobre como é difícil crescer, como é difícil ver alguém crescer e como, no meio da raiva e da desordem de uma família, não há nada tão bem-vindo quanto um filme”. Uma história sobre as mais diversas nostalgias, sobre diferentes relações e sobre o cinema.

 

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David e seu filho, Jesse.
(George Pimentel)

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