Ouço a música e tenho vontade pular, correr, dançar e gritar. Não tenho coragem para fazer isso em locais públicos, então, esboço um sorriso. Algumas músicas tem esse poder e é isso que deveriam provocar: uma sensação de felicidade incontrolável, que você precisa extravasar de alguma forma.

O violão começa com acordes simples, a voz nítida começa e a bateria a acompanha até existir uma junção dos três e a música conquistar sua batida contagiante e harmoniosa. Simples, e com a letra acompanhando o romantismo pedido pelo instrumento de cordas, Phillip Phillips conseguiu juntar tudo isso em Gone, Gone, Gone.

Uma típica música de amor, talvez voltada para um amor mais amigo e daqueles que precisam ser compartilhados. O clipe ilustra esses momentos, muitos deles registrados no passado, mas com a mesma característica. Alguns vídeos são antigos e outros mais recentes, mas todos exploram o sorriso, momentos bons que as pessoas viveram e conseguiram registrar.

A letra fala sobre lutar por uma pessoa e esperar o mesmo dela. É um sentimento de importância sobre o outro, de sempre estar lá por ele (When you fall like a statue/I’m gon’ be there to catch you/Put you on your feet). Talvez seja essa preocupação que colocamos sobre os outros e que também recebemos dos outros é o que nos mantêm vivos, a pulsação não para e continua batendo.

O pulo, o abraço, o beijo e a dança. Esses predominam seja na amizade entre amigos ou entre um casal. Eu tremo por ficar parada em quanto escuto essa música, até a perna começar a mexer. Meu coração acelera e sei que em breve esboçarei um sorriso. Gone, Gone, Gone, para mim, tem o poder de salvar um dia tenebroso, quando acompanhada do clipe, então, melhor ainda. Tenho vontade de pegar meus vídeos antigos, colocar o Phillip Phillips como trilha sonora, e passar uma tarde inteira relembrando a infância. Sou dessas apegadas ao passado, mas tentarei registrar o presente e o futuro, porque mesmo vivendo eles, é bom relembrar que nem tudo é ruim.