Você repara em borboletas, quando elas passam pelo seu caminho? Eu sempre fui um daqueles bebês de propaganda no que se refere a borboletas: basta uma passar na minha frente, e eu dou uma gargalhada despreocupada.
Pois bem. Dia desses, quando o céu e o meu coração estavam nublados, e as perspectivas não eram muito promissoras, quase atropelei uma. Eu estava olhando para baixo, me concentrando na música que saía dos fones de ouvido para buscar algum conforto, quando a tal passou de rasante no meu peito. Foi tão próximo e tão rápido que dei um pulo para trás e quase deixei a bolsa cair. Fiquei alguns segundos com a mão no peito, a adrenalina do susto me deixando momentaneamente em estado de choque.
E quando percebi que era uma borboleta, que agora voava à minha volta como se revesse uma velha amiga, foi como se meu mundo se iluminasse de novo, como se tudo se tornasse claro e seguro. A vida não parecia mais tão nebulosa. Se borboletas estavam voando, como nas manhãs dos contos de fada e nas belas fotos de calendário, então tudo iria ficar bem. E, inevitavelmente, gargalhei.
E você? O que sente quando vê uma borboleta?
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